UM FLAMENGO MAIS “CASCUDO” QUE OS ÚLTIMOS ESTRÉIA NA LIBERTADORES

A equipe carioca estréia hoje diante do desconhecido Coronel Bolognesi, no Peru, pela Taça “Santander” Libertadores da América. A missão rubro-negra é exorcizar o fantasma do prematuro (segundo a expectativa da imensa torcida) adeus na última edição da competição continental.

A exemplo da temporada passada todo o planejamento do clube está voltado para a conquista do bicampeonato na Libertadores, mas essa é a única semelhança em relação ao ano que se foi.
Explico.

O Fla conseguiu a vaga na última Libertadores ao conquistar uma Copa do Brasil à duras penas, contando com lampejos de lucidez do ídolo da Torcida, o meia Renato. O time era limitado tecnicamente, prova disso é o desempenho pífio no Brasileirão daquele ano. Além da “comodidade” da vaga conquistada pelo atalho mais rápido, na pré-temporada a diretoria fez apostas equivocadas. Afinal, a Libertadores é a competição mais importante e penosa das Américas, e Kleber & cia bancou nomes como, Juninho Paulista (que não jogava nada há um bom tempo), Claiton (que nunca manteve uma regularidade), Roni (que se acovarda com a mesma freqüência com que perde gols incríveis) e de célebres desconhecidos como, Irineu, Gérson Magrão, Moisés, Thiago Gosling, Leandro Salino, Leonardo e por último, mas não menos digno de citação, Léo Lima.
Os cartolas rubro-negros tiveram a chance de montar um elenco vitorioso, mas fracassaram.

No entanto, (ao que parece) os engravatados da Gávea aprenderam com os próprios erros e agora sim montaram um elenco que entra como um dos favoritos na competição.
O plantel comandado por Joel Santana já tinha bem mais tarimba em relação ao que disputou a última Libertadores sob ao batuta de Ney Franco, e tecnicamente também era superior, mas mesmo assim a diretoria do Fla não “comeu mosca” (e nem grama) e tratou de contratar reforços com experiência internacional. (o que também faltou ao time na última Libertadores) como: Gavilán, Jônatas, Diego Tardelli, Kléberson e Rodrigo.
Esse Flamengo sim tem pinta de campeão, só resta agora mesclar esse favoritismo com a dedicação e humildade que caracterizou o rubro-negro na espantosa reviravolta no Brasileirão do ano passado.

Túlio Baía